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Padre é denunciado por abusar de adolescente durante sessão de ‘benzimento especial’ no Paraná, diz MP

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Padre é denunciado por abusar jovem em sessão de ‘benzimento especial’

Por g1 PR — Curitiba

11/11/2025 19h11 Atualizado 11/11/2025


  • O padre indiano Binu Joseph foi denunciado por tocar uma adolescente nas partes íntimas durante uma suposta sessão de “benzimento especial” em Bocaiúva do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR).

  • Conforme a denúncia, o crime foi entre novembro de 2010 e novembro de 2011. O caso chegou às autoridades depois que a vítima soube que o padre foi denunciado por praticar crimes contra a dignidade sexual de fiéis enquanto atuava em uma paróquia em Paranaguá, no litoral do estado.

  • Segundo o MP, no crime cometido contra a adolescente, o homem se aproveitou da autoridade moral e religiosa, para praticar atos libidinosos diversos da conjunção carnal, durante um rito espiritual privado, oferecido à vítima e familiares.

Padre indiano Binu Joseph atuava em Paranaguá — Foto: Paróquia Dos Navegantes

O padre indiano Binu Joseph foi denunciado por tocar uma adolescente nas partes íntimas durante uma suposta sessão de “benzimento especial” em Bocaiúva do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR).

Conforme a denúncia, o crime foi entre novembro de 2010 e novembro de 2011. O caso chegou às autoridades depois que a vítima soube que o padre foi denunciado por praticar crimes contra a dignidade sexual de fiéis enquanto atuava em uma paróquia em Paranaguá, no litoral do estado.

Segundo o MP, no crime cometido contra a adolescente, o homem se aproveitou da autoridade moral e religiosa, para praticar atos libidinosos diversos da conjunção carnal, durante um rito espiritual privado, oferecido à vítima e familiares.

Na ocasião, conforme o MP, o homem determinou que os acompanhantes da vítima a aguardassem no salão da Igreja enquanto ele a conduzia sozinha para a sacristia e cometeu o crime sob o pretexto de realizar uma “imposição de mãos”.

A denúncia foi recebida pelo Judiciário na sexta-feira (7), conforme o MP.

A defesa de Binu, composta pelos advogados do escritório VR Advocacia, ressaltou que os processos estão em segredo de Justiça e afirmou que “tem a mais plena e absoluta convicção que o Padre Binu Joseph trata-se de um Sacerdote probo que nunca pactuou com qualquer tipo de irregularidade ou ato ilícito durante toda a sua vida particular, pública e eclesiástica”.

“Ademais, reafirma-se que seu trabalho de fé sempre foi pautado no mais estrito cumprimento da legalidade, da moralidade e da ética”, diz a nota.

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Outras vítimas

A primeira denúncia criminal contra o padre foi recebida pelo Judiciário em 20 de outubro deste ano. Segundo o documento, o crime foi contra uma mulher de 20 anos e aconteceu no dia 11 de fevereiro de 2022, nas dependências de uma igreja na Ilha dos Valadares, em Paranaguá.

As investigações apontaram que o pároco cometeu a importunação em um momento de oração, atuando para que os pais da vítima não percebessem o abuso cometido. Segundo o MP, ele instruiu as pessoas presentes a fecharem os olhos e tocou indevidamente a vítima.

Na primeira denúncia, além da condenação, o MP solicitou o pagamento de uma indenização de ao menos R$ 20 mil pelos danos sofridos pela vítima.

Como denunciar?

O Ministério Público orienta que outras pessoas que se identifiquem como vítimas de fatos semelhantes, praticados pelo mesmo padre, podem entrar em contato com a 3ª Promotoria de Justiça de Paranaguá por meio dos telefones (41) 3424-0566 e (41) 98858-1475.

Também é possível procurar ajuda por meio do e-mail paranagua.3prom@mppr.mp.br

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O que diz a defesa?

“Em razão dos diversos noticiários, publicações e comentários em redes sociais havidos após as matérias publicadas no sítio eletrônico oficial do MP/PR nas datas de 21/10/2025, às 12:39, e 10/11/2025, às 15:32, a Defesa do Sacerdote Binu Joseph atesta que os referidos processos encontram-se em SEGREDO DE JUSTIÇA, o qual foi requerido pelos próprios Promotores de Justiça signatários das denúncias e decretado pelos Juízes de Direito tanto da Comarca de Paranaguá quanto da Comarca de Bocaiúva do Sul, nos exatos termos do art. 234-B do Código Penal.

Diante destes fatos, agradecemos a oportunidade do contraditório, entretanto, esta Defesa entende que exposição midiática do assunto pode ser prejudicial para as partes e para os próprios processos em andamento, sem contar as possíveis sanções criminais, cíveis e administrativas aos responsáveis, razões estas, mais do que suficientes para adoção de cautela e bom senso no trato das informações, bem como, todas as questões serão dirimidas pelo Poder Judiciário ao seu tempo.

Por fim, esta Defesa tem a mais plena e absoluta convicção que o Padre Binu Joseph trata-se de um Sacerdote probo que nunca pactuou com qualquer tipo de irregularidade ou ato ilícito durante toda a sua vida particular, pública e eclesiástica. Ademais, reafirma-se que seu trabalho de fé sempre foi pautado no mais estrito cumprimento da legalidade, da moralidade e da ética.”

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